quarta-feira, 19 de maio de 2010

O CROSS COUNTRY E SUAS PARTICULARIDADES

As competições de Mountain bike Cross Country (XCO) são disputadas oficialmente em Olimpíadas e, por isso, é o principal foco de muitos atletas (ou pelo menos deveria). Não sou contra as competições de maratona ou qualquer outra modalidade do Mountain Bike, mas compartilho da idéia que o XCO é a base para as demais. Além disso, é imprescindível para os atletas profissionais que desejam representar o seu país em eventos internacionais.
Para isso, não basta apenas sentar na bicicleta e pedalar por longas distâncias e intercalar com treinos de menor duração e alta intensidade, seria muito fácil, mas não é. Quem deseja melhorar o desempenho no Cross Country deve treinar muita técnica, aprimorar a potência aeróbia e simular muitas largadas.
Um exemplo disso aconteceu no Tour da Villa D´aosta em que a seleção brasileira, formada pelos atletas Rubens Donizete, Edivando de Souza Cruz, Ricardo Pscheidth, Shermann Tereza e Henrique Avancini participaram do Tour da Villa D´aosta, uma competição de quatro etapas sendo um contra-relógio e mais três provas de Cross Country.
No primeiro dia de competições do Cross Country, menos de 1 quilômetro após a largada, o circuito tinha um trecho mais estreito e aqueles que conseguiram chegar à frente neste local tiveram vantagem no decorrer da prova, enquanto a maioria ficou “travada” (foto ao lado).
Situações como estas são comuns no XCO e reforça a idéia que uma boa largada é fundamental para o bom desempenho nestas competições. Além disso, preparar-se para situações como chuva, lama, trechos escorregadios e perigosos faz com que o atleta de Mountain Bike Cross Country adquira características bem específicas e não somente melhore a capacidade física.
A delegação brasileira teve excelentes resultados na Itália, apesar de eles terem que encarar situações diferentes das habituais, tais como: grande número atletas de alto nível disputando a mesma categoria, percurso técnico e competição em formato diferente (4 etapas, sendo 3 delas Cross Country não existe no Brasil).
Por isso, espero que as “novas gerações” reflitam sobre a importância de se treinar os aspectos específicos do Cross Country para que a renovação da nossa “safra” de bons atletas ainda mais.

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